Racismo no Futebol

Essa semana tivemos mais um lamentável ato de racismo envolvendo o lateral Roberto Carlos, ele que hoje joga na Russia. Em partida válida pelo campeonato russo entre Anzi, time do brasileiro, e Krylia Sovetov, no final do jogo, um torcedor atirou uma banana dentro de campo, na direção do brasileiro, que reagiu. Surpreso, Roberto pegou a banana e jogou para a lateral. Se retirou do campo na sequência, apesar dos pedidos dos jogadores para que continuasse na partida. Correta atitude do lateral brasileiro. Pra quem diz que a Russia é um país do primeiro mundo, eis uma prova de que eles num gostam muito de latinos. VIDEO ABAIXO: 


Não é a primeira vez que isso acontece com Roberto Carlos na Russia. Em março, pouco depois de chegar à Rússia, o brasileiro já havia sido surpreendido por um torcedor do Zenit, que ofereceu uma banana ao lateral.

Alguns dizem que o racismo no futebol está quase abolido, mais quando a gente menos espera aparece algum caso envolvendo famosos jogadores. Pra mim é algo lastimável envolendo um esporte que é praticamente paixão mundial, um esporte que envolve todas as classes, idades, tribos e raças no mundo inteiro mais ainda sofre com casos de racismo, preconceiro e discriminação. Relembre abaixo alguns casos de racismo no futebol: 

BANANAS DA TORCIDA: O atacante italiano Balotelli esteve com a seleção italiana sub-21 em na capital do País da Bota. Torcedores da Roma jogaram duas bananas no jogador da Inter de Milão, que foi parabenizado pelo treinador Casiraghi por não reagir. Não foi a única vez que o atacante foi vítima de racismo.

NA ESPANHA: Em 2004, o camaronês Eto'o foi alvo de insultos racistas na partida entre Barcelona e Getafe, válida pelo Campeonato Espanhol. Cerca de 50 torcedores do Getafe imitaram macacos cada vez que o jogador tocava na bola.

RACISMO CASEIRO: Em 2001, durante um amistoso entre a Polônia e a Islândia, torcedores poloneses jogaram bananas no campo. Olisadebe foi o primeiro jogador negro a vestir a camisa da seleção polonesa e, apesar de números marcantes, como marcar oito gols nas Eliminatórias para a Copa de 2002, foi alvo de insultos.
 
RACISMO NO GAUCHÃO: Em 2006, o zagueiro Antônio Carlos, do Juventude, teria chamado o volante Jeovânio, do Grêmio, de macaco. O ex-jogador foi expulso após agredir o adversário com uma cotovelada e, ao sair de campo, teria chamado Jeovânio de "macaco" - esfregou os dedos no braço para indicar a cor do volante gremista. 
 
MAIS UM CASO NO SUL: Em 2005, o volante Tinga, que defendia o Internacional, ouviu ofensas racistas. Porém, os gritos de "macaco" não vieram de um jogador adversário, mas sim da torcida do Juventude, em um duelo no Alfredo Jaconi pelo Brasileirão. Tinga não levou o caso para a polícia.

MAIS UM CASO NA ESPANHA: Em 2005, no clássico entre Real Madrid e Atlétido de Madrid, a torcida do Atlético imitava sons de macacos quando alguns jogadores, entre eles Roberto Carlos, pegavam na bola. O caso foi parar na Federação Espanhola de Futebol, pois o clube pode ter sido cúmplice ao permitir que o som da torcida fosse ouvido no sistema de som do estádio.

BRASIL: CASO MAXÍ LOPES x ELICARLOS: Em 2009, na vitória do Cruzeiro por 3 a 1 em cima do Grêmio, no Mineirão, Elicarlos acusou Maxi López de chamá-lo de macaco. A confusão se tornou caso de polícia e se estendeu pela madrugada em Belo Horizente.

NA ITÁLIA ZORO CHOROU: Em 2005, Marc Zoro, o zagueiro da Costa do Marfim, chorou ao ser alvo de músicas de teor racista, entoadas pela torcida adversária, quando jogava pelo Messina contra a Inter de Milão. Revoltado, ele pegou a bola com a intenção de entregá-la ao bandeirinha e abandonar a partida.
Zoro foi contido por Adriano e Obefami Martins, o brasileiro e o nigeriano que integram o ataque da Inter. Eles acalmaram o jogador e pediram desculpas pelos insultos proferidos pelos torcedores da Inter. Os dois convenceram Zoro a ficar em campo.

RACISMO E REVIDE: Palmeiras x Atlético pela Copa do Brasil 2010. O zagueiro do Atlético afirmou que foi chamado de macaco pelo zagueiro palmeirense Danilo. O caso foi parar na delegacia com a acusação de racismo jogador do Palmeiras.

CASO GRAFITE, E DETENÇÃO APÓS JOGO: Na Libertadores de 2005, o atacante Grafite foi expulso no jogo entre São Paulo e Quilmes, da Argentina, após empurrar o rosto do zagueiro Desábato. Ao deixar o campo, Grafite garantiu que foi ofendido pelo argentino, que o chamou também de macaco. Revoltado com a atitude do adversário, o atacante são-paulino prestou queixa. Os jogadores do Quilmes tiveram dificuldade para deixar o estádio na ocasião. Désabato acabou detido após o jogo e só foi liberado no dia seguinte. Foi um dos casos mais polêmicos de racismo no Brasil. 

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